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Condromalácia patelar pode atingir até 30% de jovens e adultos

  • clinicawalkiriabru
  • há 13 horas
  • 4 min de leitura

condromalácia patelar


Apesar de a condromalácia patelar ser mais prevalente em pessoas com mais de 50 anos, um estudo recente mostrou que quase 30% dos jovens e adultos, entre 18 a 45 anos, também podem ter sinais da doença — principalmente aqueles que fazem muito esforço físico com os joelhos.


O mesmo estudo apontou que as mulheres têm quase o dobro de chance de desenvolver esse problema em comparação aos homens. Isso acontece porque as mulheres têm um quadril mais largo, o que muda o ângulo de movimento do joelho e favorece o deslocamento da patela para o lado. Consequentemente, isso aumenta o desgaste da cartilagem.


Para falar mais sobre a condromalácia patelar, hoje vamos entrevistar a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas, Saúde Postural e Pilates.


Dor no joelho é uma das principais queixas na área de ortopedia


Primeiramente, é importante compreender que a dor no joelho pode ser um sintoma de várias condições musculoesqueléticas. Contudo, em quase 50% dos casos, a causa é a condromalácia patelar, também chamada de síndrome da dor patelofemoral. A condição se caracteriza pelo amolecimento e desgaste da cartilagem que reveste a parte de trás da patela, anteriormente chamada de rótula.


“A patela é responsável pelos movimentos de flexão e extensão dos joelhos, sendo crucial para prevenir o atrito da musculatura dos joelhos com o fêmur, por meio do movimento de deslize. De uma maneira mais didática, podemos entender o funcionamento da patela ao colocar mãos nos joelhos, levantar e abaixar as pernas. Durante esse movimento, podemos sentir a patela deslizar para cima e para baixo”, explica Walkíria.  


“Entretanto, quando há desgaste na cartilagem da patela, o movimento dos joelhos, durante a extensão e flexão, passa a ser lateral. Adicionalmente, a cartilagem sofre amolecimento e fragmentação”, complementa a especialista.


Jovens adultos também podem desenvolver a condromalácia patelar


Embora a condromalácia patelar é, normalmente, associada ao envelhecimento, existem evidências de que a condição também afeta pessoas mais jovens, especialmente adolescentes e jovens adultos.


Veja agora alguns fatores de risco que aumentam a chance de a pessoa desenvolver a condromalácia patelar.


  • Desequilíbrios nos grupos musculares, que participam do funcionamento dos joelhos, podem alterar a biomecânica da articulação, o que aumenta a pressão na patela;

  • Mau alinhamento da patela devido a condições como joelho valgo (virado para dentro);

  • Esportes que exigem muito dos joelhos, como corrida, ciclismo, dança, futebol e vôlei, podem sobrecarregar a articulação patelofemoral. Saltos, agachamentos mal executados e treinos sem orientação adequada aumentam o risco;

  • Traumas ou microtraumas repetitivos nos joelhos;

  • Crescimento acelerado na adolescência (que levar a uma desequilíbrio entre músculos e ossos), o que pode resultar na condromalácia patelar;

  • Alterações biomecânicas nos pés, como pés planos (pisada pronada) ou excessivamente arqueados;  

  • Usar saltos muitos altos, durante muito tempo;

  • Excesso de peso.

 

Precisamos falar sobre a pisada


De acordo com Walkíria, a pisada pronada (aquela em que a parte de fora do calcanhar toca o chão) leva a uma rotação excessiva do joelho para dentro. Isto, por sua vez, altera a biomecânica da articulação. “A projeção do pé para dentro muda o centro de gravidade do corpo. Desse modo, pessoas com pisadas inadequadas correm um risco maior de desenvolver a condromalácia patelar”, aponta.


Sinais e sintomas da condromalácia patelar


Como dissemos acima, a dor no joelho pode indicar diversas condições e doenças musculoesqueléticas. Contudo, os sinais e sintomas da condromalácia patelar são bem característicos. Entre eles podemos citar:


  • Dor na parte da frente do joelho, especialmente ao subir ou descer escadas, agachar ou ficar muito tempo na posição sentada;

  • Estalos ou sensação de “raspagem” ao movimentar o joelho;

  • Sensação de fraqueza ou instabilidade durante a caminhada.


Diagnóstico e tratamento são fundamentais para prevenir outros problemas nos joelhos


Infelizmente, a condromalácia patelar é um importante fator de risco para o desenvolvimento da osteoartrose nos joelhos, de forma precoce. Sendo assim, é crucial que o paciente procure atendimento médico, para confirmar ou descartar o diagnóstico.


“No caso positivo, o tratamento é conservador e a fisioterapia é o principal recurso para a reabilitação do paciente. “Normalmente, o paciente chega com bastante dor, devido à inflamação aguda. Portanto, trabalhamos para reduzir a inflamação por meio de aplicação de frio, ultrassom, entre outros recursos. No plano de tratamento, incluímos o fortalecimento da musculatura dos membros inferiores, principalmente, dos músculos estabilizadores da patela”, conta a especialista.


Outro trabalho importante é a correção da pisada e, quando preciso, da postura. Vale lembrar que a pisada inadequada acelera a degeneração da cartilagem, sendo esse um processo irreversível. Portanto, o tratamento pode ajudar a prevenir esse processo, que pode resultar na osteoartrose.

 

Mudança de hábitos também faz parte do tratamento

 

“Além da fisioterapia, também é importante avaliar as causas da condromalácia, de forma individual. Para quem está acima do peso, por exemplo, é preciso reduzi-lo. Em paciente jovens, as causas costumam estar associadas ao exagero em práticas esportivas, como crossfit, corridas e outros esportes que sobrecarregam os joelhos. Nesses casos, o ideal é optar por esportes que não causem esse efeito”, reforça Walkíria.

 

Outra contraindicação para quem tem condromalácia patelar é o uso de saltos muito altos e finos. O ideal é reservar esses calçados para ocasiões especiais. Porém, como eu já disse, cada caso é sempre tratado de forma individual”, finaliza Walkíria.

 

A Clínica Walkíria Brunetti – Fisioterapia e Pilates está localizada no Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo.

 

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Matéria produzida pela jornalista

Leda Maria Sangiorgio

MTB 30.714

É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695.  

 

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