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Como funciona a bandagem elástica? Quais as indicações?




A bandagem elástica, também conhecida como “Kinesio taping”, é um recurso muito usado na fisioterapia. Trata-se de uma fita com capacidade adesiva, ativada pelo calor do corpo. Normalmente, é usada para tratar quadros de dores musculares e algumas condições causadas por problemas no sistema nervoso central (SNC), como a paralisia cerebral.


Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, a bandagem elástica é colocada nos pontos lesionados ou inflamados. “Devido a sua capacidade adesiva, ela estica e levanta a pele juntamente com os tecidos subcutâneos. Esse mecanismo melhora a circulação sanguínea e de outros fluídos corporais. A partir disso, as toxinas resultantes do processo inflamatório são removidas, o que reflete na melhora da dor”, explica.


Como a faixa tem bastante elasticidade, dependendo do sentido que a colocamos no músculo, pode ocorrer a inibição ou a ativação do grupo muscular trabalhado. Essa ação mecânica é muito importante para o equilíbrio da articulação. A bandagem pode ser usada em diversas condições, como síndrome do impacto do ombro, bursite de quadril, para aliviar a tensão dos músculos dos ombros e pescoços, entre outros”, adiciona Walkíria.


Do Japão para o mundo


A bandagem elástica se popularizou ao longo dos anos, principalmente, no meio esportivo. O método foi criado no Japão, em 1979, pelo quiropraxista e acupunturista, Kenzo Kase. “Nos eventos esportivos, como as Olímpiadas, por exemplo, é comum notar atletas usando as bandagens coloridas, principalmente nas pernas e região cervical”, aponta Walkíria.


Contudo, a bandagem pode ser indicada para qualquer pessoa e pode ser um recurso adicional dentro do tratamento fisioterápico. “Em geral, a bandagem elástica não é usada isoladamente. Ela complementa o plano terapêutico. Outro ponto é que sua aplicação é ampla e pode ser usada tanto na ortopedia como na neurologia”, comenta a especialista que atua nessas duas áreas e afirma que usa a bandagem em 70% de seus atendimentos.


Principais indicações


Reabilitação de lesões

Atualmente, algumas lesões musculares podem ser tratadas com a bandagem elástica, sem necessidade de imobilização total com talas ou faixas apertadas. Isso é importante, pois os tratamentos convencionais impedem a boa circulação sanguínea, fundamental para a melhora do processo inflamatório de um trauma


“A proposta da bandagem elástica é oposta. As fitas são colocadas sem restringir o movimento dos tendões e dos tecidos conjuntivos. Dessa maneira, quando a pessoa se movimenta, a faixa permite que a pele e os tendões se movam, sem afetar a circulação sanguínea”, explica Walkíria.


Para dores

Uma das principais indicações da bandagem elástica é para alívio de dores. Ao esticar e elevar a pele, é possível diminuir a pressão nos receptores de dor que ficam abaixo da camada mais externa da pele.


“Além disso, a bandagem estimula terminações nervosas na pele que competem entre si. O resultado é o bloqueio dos estímulos nervosos responsáveis pela sensação de dor que são processados no cérebro”, diz Walkíria.


A bandagem também tem a capacidade de reduzir inchaços. Isso porque, ao erguer a pele a fita gera uma pressão negativa embaixo da região em que foi colocada. O resultado é a melhora da drenagem da linfa e redução do inchaço.


Alinhamento da postura

Por fim, a bandagem elástica também é um recurso que pode ser usado para melhorar a postura. Pode ser colocada na região dos ombros e do trapézio, bem como nos joelhos para ajudar quem tem condromalácia patelar, por exemplo.


Doenças neurológicas

A bandagem elástica é uma opção para ajudar no controle da sialorreia, uma condição que afeta deglutição da saliva e é muito comum em quadros de paralisia cerebral.


A bandagem é uma abordagem complementar para melhorar a resposta proprioceptiva, a aptidão física, bem como a função motora grossa e as atividades da vida diária nas crianças com paralisia cerebral.


Como vimos, a bandagem elástica tem várias aplicações. “Todavia, é importante procurar fisioterapeutas com experiência na utilização desse método”, finaliza Walkíria.




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