Sinais e sintomas do encurtamento muscular – Descubra quais são

Os sinais e sintomas do encurtamento muscular podem se manifestar como dores persistentes, especialmente nos quadris e nas costas, além da redução da flexibilidade. Em geral, os encurtamentos musculares são resultado da quantidade excessiva de tempo em que passamos sentados ou ainda de vícios de postura.
Para falar mais sobre os sinais e sintomas do encurtamento muscular, vamos entrevistar a fisioterapeuta, Walkíria Brunetti, especialista em Saúde Postural, Dores Crônicas, Reeducação Postural Global (RPG) e Pilates.
Encurtamento muscular costuma ser adaptativo
De acordo com Walkíria, a maioria das pessoas busca posições no dia a dia que são mais confortáveis para realizar certos movimentos. Para além disso, o número de pessoas sedentárias tem aumentado muito nos últimos anos.
“Quanto mais tempo se passa sentado ou sem se exercitar, maior o risco de desenvolver encurtamentos musculares. Dessa forma, podemos dizer que esse processo é uma adaptação do corpo em que os músculos e tecidos conjuntivos encurtam seu comprimento, se tornando mais tensos ao longo do tempo, como resultado de serem mantidos cronicamente em posições inadequadas”, explica Walkíria.
Sinais e sintomas do encurtamento muscular
O encurtamento muscular pode afetar várias regiões do corpo. Mas, em geral costuma ser mais frequente na região dos quadris, ombros, pescoço, joelhos e membros inferiores.
“Inicialmente, os sinais e sintomas do encurtamento muscular podem se manifestar por meio de dores lombares ou nos quadris. Adicionalmente, essas dores e desconfortos podem afetar outros locais, dependendo do grupo muscular afetado. O paciente também apresenta rigidez e redução da flexibilidade”, alerta a fisioterapeuta.
“De uma forma mais didática, o encurtamento muscular dá a sensação de estar “enferrujado”. No dia a dia, pode se manifestar como dificuldades para realizar atividades simples, como amarrar o tênis ou um sapato, pegar objetos em lugares mais altos, se abaixar para pegar objetos do chão, entre outros movimentos que se tornam mais difíceis”, complementa Walkíria.
Encurtamento muscular – Quais são as causas?
Os nossos músculos e o tecido conjuntivo se adaptam às posições em que colocamos nossos corpos no dia a dia. “A maioria da população passa mais tempo sentada do que em pé ou se exercitando. Portanto, ficar sentado durante muito tempo e não praticar atividade física são as principais causas dos encurtamentos musculares. Naturalmente, os vícios posturais também contribuem para o problema”, alerta a especialista.
Quanto tempo por dia você permanece na posição sentada?
Em uma estimativa média, uma pessoa que trabalha em escritório, por exemplo, pode ficar na posição sentada de 10 a 12 horas por dia, contando o deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa. Em uma situação hipotética, vamos pensar que essa pessoa não pratica atividade física e, nas horas livres, permanece no sofá de casa vendo TV, lendo ou usando o celular.
“Então, o que queremos mostrar com esse exemplo é que todos os grupos musculares tendem a ficar em uma posição mais encurtada, o tempo todo. Somado ao tempo de inatividade, temos as questões posturais, que também contribuem para o problema”, diz Walkíria.
Sentar é o novo tabagismo?
Evidentemente, ficar o tempo todo sentado ou inativo é bastante prejudicial para o corpo humano, sendo um importante fator de risco para várias doenças, além dos encurtamentos musculares. Porém, é inviável não usar essa posição no dia a dia. Na verdade, o mais importante é procurar maneiras de evitar o encurtamento muscular. Quando o problema já está presente, o ideal é buscar um tratamento para devolver aos músculos a sua flexibilidade.
Tratamento para os sinais e sintomas do encurtamento muscular
Em geral, o tratamento para os encurtamentos musculares pode envolver recursos como Reeducação Postural Global (RPG), alongamentos, Cadeias Musculares, Pilates e exercícios de fortalecimento muscular. Contudo, Walkíria reforça a importância de corrigir a postura, praticar uma atividade física de forma regular e se alongar.
“Os alongamentos devem fazer parte da rotina diária e são cruciais para prevenir os encurtamentos musculares, junto com exercícios regulares e boa postura. Por fim, quanto menos tempo sentado, melhor. Também é importante inserir na rotina diária atividades como deixar o carro na garagem e ir a pé ao mercado, padaria, farmácia etc. Trocar o elevador pelas escadas, descer alguns pontos antes do destino quando usar transporte público. Ou seja, toda atividade que coloque o corpo em movimento é melhor do que ficar parado", ressalta a especialista.
“Vale lembrar que a pessoa pode realizar os alongamentos sozinha, ou seja, não há necessidade de frequentar academias para isso. Por outro lado, quem sofre de problemas como hérnias de disco e outras patologias musculoesqueléticas, deve procurar uma orientação de um profissional, como um fisioterapeuta ou educador físico, para prevenir lesões e outros problemas”, finaliza Walkíria.
Dicas para realizar alongamentos em casa (ou no trabalho)
Crie uma rotina de alongamentos: defina um local e um horário para se alongar, seja em casa ou no trabalho;
Divida o corpo em partes, com foco nos grupos musculares mais importantes;
Comece pela cabeça, pescoço, ombros, braços e mãos. Depois, alongue as costas, quadris, pernas e pés;
Cada alongamento deve ser mantido de 15 a 30 segundos;
Realize os movimentos com delicadeza para prevenir lesões;
Respire de forma profunda para relaxar os músculos;
O ideal é realizar pelo menos duas sessões de alongamento por dia;
Caso trabalhe sentado (a), procure levantar a cada 50 minutos e alongue as partes mais prejudicadas, como pescoço, mãos, braços, costas e pernas.
A Clínica Walkíria Brunetti está localizada no Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo, na rua João Álvaro Soares, 1420.
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Matéria produzida pela jornalista
Leda Maria Sangiorgio
MTB 30.714
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