O que é espondilose cervical? Sinais Sintomas e Tratamento
- clinicawalkiriabru
- há 1 dia
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A espondilose cervical se caracteriza pelo desgaste e/ou degeneração das estruturas que compõem a coluna cervical (pescoço). O termo “espondilose” é usado para se referir a esse processo de desgaste na coluna vertebral. Já o termo osteoartrose inclui a degeneração das demais articulações do corpo.
Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas, Saúde Postural e Pilates, a espondilose é um processo ligado ao processo natural do envelhecimento. “Na maioria dos casos, o principal fator de risco, portanto, é a idade. Em geral, o desgaste afeta os discos intervertebrais, as vértebras e as articulações entre as vértebras”.
“Primeiramente, é importante esclarecer que as vértebras se ligam por meio dos discos intervertebrais. Os discos funcionam como uma espécie de amortecedor, evitando o impacto e o atrito entre as vértebras. Adicionalmente, os discos são cruciais para manter a flexibilidade da coluna e os movimentos de flexão e rotação”, explica Walkíria.
Conheça melhor os discos intervertebrais
Os discos intervertebrais são compostos por duas partes principais. A primeira é o núcleo pulposo, que fica no centro, sendo gelatinoso e macio. A sua composição é, principalmente, de água. O núcleo pulposo é crucial para amortecer os impactos. A outra parte é o ânulo fibroso, que é a camada externa dos discos. Ele é composto de fibras e mantém o núcleo em seu lugar.
“Sendo assim, no dia a dia, toda vez que nos movimentamos, esses discos sofrem pressão – o núcleo se achata e distribui a carga uniformemente. Em movimentos de maior impacto, o núcleo funciona como uma “mola”, amortecendo os impactos. Já nos movimentos de inclinação e rotação, o ânulo fibroso segura o núcleo no lugar”, comenta Walkíria.
Ao longo do tempo, especialmente quando envelhecemos, os discos perdem água. Desse modo, eles ficam menos elásticos, ou seja, menos flexíveis. Portanto, o núcleo fica mais seco e menos eficiente para amortecer os impactos. Já o ânulo pode sofrer pequenas fissuras, o que aumenta o risco de o núcleo se projetar para fora, levando à famosa “hérnia de disco”.

Bico de papagaio é outra consequência da espondilose cervical
Para além da hérnia de disco, a espondilose cervical pode levar a outra condição: a osteofitose, popularmente conhecida como “bico de papagaio”. “A espondilose gera instabilidade na coluna e o corpo tenta compensar isso, criando os osteófitos. Trata-se de formações ósseas que crescem nas bordas das articulações, na frente ou para o lado do disco intervertebral”, conta Walkíria.
Nos exames de imagem os osteófitos lembram um “bico de papagaio”, daí o nome popular da condição. “O principal problema da osteofitose é a possibilidade de compressão das estruturas nervosas da coluna. Além de piorar a dor, pode levar a uma inflamação que potencializa os sintomas”, adiciona a especialista.
85% das pessoas acima dos 60 anos têm sinais de espondilose
Segundo estudos, mais de 85% das pessoas com mais de 60 anos mostram sinais de espondilose cervical, mesmo sem apresentar sintomas em exames de imagem.
Entre os principais fatores de risco da espondilose cervical estão:
· Processo natural do envelhecimento (idade);
· Lesões anteriores no pescoço;
· Movimentos repetitivos ou má postura na região da cabeça e pescoço;
· Sedentarismo;
· Falta de ergonomia durante o trabalho, escola ou faculdade;
· Uso excessivo e prolongado do celular, com o pescoço projetado para frente.
Sinais e sintomas da espondilose cervical
Como vimos acima, muitas pessoas têm espondilose cervical sem apresentar qualquer sintoma. Contudo, quando presentes, os sintomas podem ser bastante incômodos. Entre eles estão:
Dor no pescoço ou rigidez;
Sensação de “peso” ou desconforto ao movimentar o pescoço;
Dores que irradiam do pescoço para os ombros, braços ou até mesmo alterações de sensação (formigamento, dormência);
Em casos mais graves, quando há compressão de nervos ou da medula espinhal, podem ocorrer fraqueza, dificuldade de caminhar, perda de controle de esfíncteres ou outros sintomas neurológicos;
Dor de cabeça, mais conhecida como cefaleia cervicogênica.
Compressão de nervos está ligada à dor de cabeça
A cefaleia cervicogênica é uma complicação comum em casos de espondilose cervical. Normalmente, esse tipo de cefaleia ocorre quando há compressão ou irritação dos nervos cervicais superiores, especialmente o nervo occipital maior, do ramo dorsal da C2. A dor pode afetar a nuca e se espalhar para a parte de cima da cabeça ou até mesmo para região frontal (testa). Contudo, outros nervos e ramos sensitivos da C1 e C2 também podem estar envolvidos na cefaleia associada à cefaleia cervicogênica.
Como funciona o tratamento da espondilose cervical
“Após o diagnóstico, o tratamento costuma ser conservador, na maioria dos casos. Ou seja, pode ser feito com medicamentos para reduzir a dor e a inflamação, além de recursos da fisioterapia. Entre eles os aparelhos como ultrassom, laser e aparelhos de eletroestimulação. Também podemos usar a termoterapia, com aplicação de frio e calor. Alguns pacientes também podem ter indicação de massoterapia e acupuntura”, ressalta Walkíria.
Depois que a dor melhora, é crucial iniciar um trabalho de fortalecimento muscular, além de corrigir a postura e trabalhar o alongamento global. “Para alcançar estes objetivos podemos usar a Reeducação Postural Global (RPG), o Pilates e treinos de força”, recomenda a especialista.
Em relação a prevenção e mudanças de hábitos, é indicado:
· Perder peso;
· Corrigir a postura e aumentar a consciência corporal;
· Evitar atividades físicas de alto impacto;
· Investir em atividades físicas como Pilates e treinos de força;
· Manter bons níveis de cálcio e vitamina D;
· Corrigir a postura do pescoço e da cabeça durante o uso de celular e outros dispositivos eletrônicos;
· Praticar atividades físicas de forma regular, especialmente àquelas que atuam no fortalecimento, alongamento, melhora da postura e consciência corporal;
· Avaliar o travesseiro e o colchão, que podem piorar a espondilose cervical quando não adequados ao perfil corporal do paciente.
“O envelhecimento é inevitável. Contudo, alguns hábitos da vida moderna podem acelerar os problemas decorrentes da idade, como a espondilose cervical. Portanto, adotar um estilo de vida mais saudável é importante em vários sentidos”, finaliza Walkíria.
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Matéria produzida pela jornalista
Leda Maria Sangiorgio
MTB 30.714
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