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O que é espondilose cervical? Sinais Sintomas e Tratamento

  • clinicawalkiriabru
  • há 1 dia
  • 4 min de leitura
espondilose cervical

A espondilose cervical se caracteriza pelo desgaste e/ou degeneração das estruturas que compõem a coluna cervical (pescoço). O termo “espondilose” é usado para se referir a esse processo de desgaste na coluna vertebral. Já o termo osteoartrose inclui a degeneração das demais articulações do corpo.


Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas, Saúde Postural e Pilates, a espondilose é um processo ligado ao processo natural do envelhecimento. “Na maioria dos casos, o principal fator de risco, portanto, é a idade. Em geral, o desgaste afeta os discos intervertebrais, as vértebras e as articulações entre as vértebras”.


“Primeiramente, é importante esclarecer que as vértebras se ligam por meio dos discos intervertebrais. Os discos funcionam como uma espécie de amortecedor, evitando o impacto e o atrito entre as vértebras. Adicionalmente, os discos são cruciais para manter a flexibilidade da coluna e os movimentos de flexão e rotação”, explica Walkíria.


Conheça melhor os discos intervertebrais


Os discos intervertebrais são compostos por duas partes principais. A primeira é o núcleo pulposo, que fica no centro, sendo gelatinoso e macio. A sua composição é, principalmente, de água. O núcleo pulposo é crucial para amortecer os impactos. A outra parte é o ânulo fibroso, que é a camada externa dos discos. Ele é composto de fibras e mantém o núcleo em seu lugar.


“Sendo assim, no dia a dia, toda vez que nos movimentamos, esses discos sofrem pressão – o núcleo se achata e distribui a carga uniformemente. Em movimentos de maior impacto, o núcleo funciona como uma “mola”, amortecendo os impactos. Já nos movimentos de inclinação e rotação, o ânulo fibroso segura o núcleo no lugar”, comenta Walkíria.


Ao longo do tempo, especialmente quando envelhecemos, os discos perdem água. Desse modo, eles ficam menos elásticos, ou seja, menos flexíveis. Portanto, o núcleo fica mais seco e menos eficiente para amortecer os impactos. Já o ânulo pode sofrer pequenas fissuras, o que aumenta o risco de o núcleo se projetar para fora, levando à famosa “hérnia de disco”.


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Bico de papagaio é outra consequência da espondilose cervical


Para além da hérnia de disco, a espondilose cervical pode levar a outra condição: a osteofitose, popularmente conhecida como “bico de papagaio”. “A espondilose gera instabilidade na coluna e o corpo tenta compensar isso, criando os osteófitos. Trata-se de formações ósseas que crescem nas bordas das articulações, na frente ou para o lado do disco intervertebral”, conta Walkíria.


Nos exames de imagem os osteófitos lembram um “bico de papagaio”, daí o nome popular da condição. “O principal problema da osteofitose é a possibilidade de compressão das estruturas nervosas da coluna. Além de piorar a dor, pode levar a uma inflamação que potencializa os sintomas”, adiciona a especialista.


85% das pessoas acima dos 60 anos têm sinais de espondilose


Segundo estudos, mais de 85% das pessoas com mais de 60 anos mostram sinais de espondilose cervical, mesmo sem apresentar sintomas em exames de imagem.


Entre os principais fatores de risco da espondilose cervical estão:


·       Processo natural do envelhecimento (idade);

·       Lesões anteriores no pescoço;

·       Movimentos repetitivos ou má postura na região da cabeça e pescoço;

·       Sedentarismo;

·       Falta de ergonomia durante o trabalho, escola ou faculdade;

·       Uso excessivo e prolongado do celular, com o pescoço projetado para frente.


Sinais e sintomas da espondilose cervical


Como vimos acima, muitas pessoas têm espondilose cervical sem apresentar qualquer sintoma. Contudo, quando presentes, os sintomas podem ser bastante incômodos. Entre eles estão:


  • Dor no pescoço ou rigidez;

  • Sensação de “peso” ou desconforto ao movimentar o pescoço;

  • Dores que irradiam do pescoço para os ombros, braços ou até mesmo alterações de sensação (formigamento, dormência);

  • Em casos mais graves, quando há compressão de nervos ou da medula espinhal, podem ocorrer fraqueza, dificuldade de caminhar, perda de controle de esfíncteres ou outros sintomas neurológicos;

  • Dor de cabeça, mais conhecida como cefaleia cervicogênica.


Compressão de nervos está ligada à dor de cabeça


A cefaleia cervicogênica é uma complicação comum em casos de espondilose cervical. Normalmente, esse tipo de cefaleia ocorre quando há compressão ou irritação dos nervos cervicais superiores, especialmente o nervo occipital maior, do ramo dorsal da C2. A dor pode afetar a nuca e se espalhar para a parte de cima da cabeça ou até mesmo para região frontal (testa). Contudo, outros nervos e ramos sensitivos da C1 e C2 também podem estar envolvidos na cefaleia associada à cefaleia cervicogênica.


Como funciona o tratamento da espondilose cervical


“Após o diagnóstico, o tratamento costuma ser conservador, na maioria dos casos. Ou seja, pode ser feito com medicamentos para reduzir a dor e a inflamação, além de recursos da fisioterapia. Entre eles os aparelhos como ultrassom, laser e aparelhos de eletroestimulação. Também podemos usar a termoterapia, com aplicação de frio e calor. Alguns pacientes também podem ter indicação de massoterapia e acupuntura”, ressalta Walkíria.


Depois que a dor melhora, é crucial iniciar um trabalho de fortalecimento muscular, além de corrigir a postura e trabalhar o alongamento global. “Para alcançar estes objetivos podemos usar a Reeducação Postural Global (RPG), o Pilates e treinos de força”, recomenda a especialista.


Em relação a prevenção e mudanças de hábitos, é indicado:


·       Perder peso;

·       Corrigir a postura e aumentar a consciência corporal;

·       Evitar atividades físicas de alto impacto;

·       Investir em atividades físicas como Pilates e treinos de força;

·       Manter bons níveis de cálcio e vitamina D;

·       Corrigir a postura do pescoço e da cabeça durante o uso de celular e outros dispositivos eletrônicos;

·       Praticar atividades físicas de forma regular, especialmente àquelas que atuam no fortalecimento, alongamento, melhora da postura e consciência corporal;

·       Avaliar o travesseiro e o colchão, que podem piorar a espondilose cervical quando não adequados ao perfil corporal do paciente.


“O envelhecimento é inevitável. Contudo, alguns hábitos da vida moderna podem acelerar os problemas decorrentes da idade, como a espondilose cervical. Portanto, adotar um estilo de vida mais saudável é importante em vários sentidos”, finaliza Walkíria.

 

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Matéria produzida pela jornalista

Leda Maria Sangiorgio

MTB 30.714

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