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Como usar bengalas, andadores e muletas: quando e como utilizar cada apoio de locomoção

  • clinicawalkiriabru
  • há 3 horas
  • 4 min de leitura
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As bengalas, andadores e muletas são dispositivos de apoio de locomoção para ajudar a pessoa a caminhar. Contudo, cada um desses itens tem sua finalidade específica, além da maneira certa de usar.


Por isso, hoje vamos entrevistar a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas, Saúde Postural, Fisioterapia e Pilates sobre como usar bengalas, andadores e muletas.


O que são e para que servem os apoios de locomoção


Primeiramente, é importe ressaltar que a mobilidade é um aspecto crucial para qualquer pessoa, já que garante a autonomia e a independência para realizar as atividades da vida diária. Contudo, há situações em que pode ser preciso usar os apoios de locomoção, como bengalas, andadores e muletas.


“Em geral, esses dispositivos podem ser uteis após cirurgias, fraturas, doenças neurológicas, ortopédicas, bem como em condições associadas ao processo natural do envelhecimento. Sendo assim, o uso dos apoios de locomoção ajuda a dar segurança e estabilidade na marcha. Adicionalmente, esses itens podem evitar acidentes, como quedas, por exemplo.”, aponta Walkíria.


“Por outro lado, nem todos os pacientes recebem a orientação sobre o uso correto desses instrumentos auxiliares da marcha. Dessa maneira, quando usados inadequadamente, ao invés de trazerem benefícios, podem piorar o quadro do paciente ou causar outros problemas. Entre as consequências do uso incorreto estão quedas, dores e problemas de postura”, alerta a especialista.


Como usar bengalas, andadores e muletas – O que você precisa saber


Agora que você já sabe o que são os apoios de locomoção, vamos entender melhor cada um deles.


Bengala: apoio leve e para equilíbrio

“Inicialmente, a recomendação da bengala é para pacientes que apresentam pequenas instabilidades na marcha ou uma fraqueza leve em um dos lados do corpo. Podemos indicar para pacientes com alterações brandas no equilíbrio, idosos que possuem insegurança ao caminhar, durante a fase de reabilitação de pequenas lesões musculares ou na recuperação de cirurgias ortopédicas de pequeno porte”, comenta Walkíria.


Modo correto de usar a bengala

  1. Altura ideal: a bengala deve ficar na altura do punho quando a pessoa está em pé, com os braços relaxados ao lado do corpo.

  2. Lado certo: deve ser usada no lado oposto à perna mais fraca ou lesionada.

    • Exemplo: se a perna direita está fraca, a bengala deve ser usada na mão esquerda.

  3. Ao andar: mova a bengala e a perna fraca ao mesmo tempo, depois avance a perna forte.

  4. Apoio: a bengala serve como um ponto extra de equilíbrio, não como um suporte para o peso total do corpo.

 

Muletas: para alívio parcial ou total do peso da perna


Há dois tipos de muleta: aquela que se encaixa embaixo da axila (muletas axilares) e a muleta canadense. As muletas axilares são indicadas para situações temporárias, como fraturas ou cirurgias de pequeno porte. Já as muletas de antebraço são indicadas para processos de reabilitação mais longos.


‘Agora, a principal indicação para o uso das muletas é para os pacientes que precisam tirar parcial ou totalmente o peso de uma das pernas. Em geral, as muletas são necessárias em quadros de fratura, no pós-operatório de cirurgias ortopédicas, em lesões de ligamentos graves e durante períodos de imobilização de um membro inferior”, conta Walkíria.


Modo correto de usar muletas:

  1. Altura adequada:

    • Nas muletas axilares, deve haver 2 a 3 cm de folga entre a axila e o apoio.

    • Nas canadenses, o apoio do antebraço deve ficar logo abaixo do cotovelo.

  2. Apoio das mãos: o peso deve ser sustentado pelas mãos, nunca pelas axilas — apoiar nas axilas pode causar lesões importantes, incluindo nos nervos.

  3. Ao andar:

    • Sem apoio no membro lesionado: avance as duas muletas juntas, depois traga a perna saudável.

    • Com apoio parcial: avance as muletas e a perna lesionada juntas, depois a perna saudável.


Andador: para maior estabilidade e segurança


Dentre todos os apoios de locomoção, o andador é o que oferece a maior estabilidade na marcha. Atualmente, existem vários modelos. O mais comum é o fixo e como ele não tem rodas, exige mais força nos braços.

“Já o andador com rodas dianteiras reduz o esforço e, portanto, facilita os movimentos. Por fim, temos o modelo com quatro rodas e assento. Esse modelo é recomendado para pessoas que precisam parar durante a marcha para descansar com frequência”, aponta a fisioterapeuta.


O andador pode ser um apoio de locomoção importante para idosos com risco de quedas, idosos após fraturas de fêmur e quadril, pessoas com osteoartrose importante nos joelhos, para pacientes em reabilitação de cirurgias ou ainda em pessoas com doenças neurológicas, como AVC e Parkinson.


Para além disso, o andador também é útil para pacientes com fraqueza muscular generalizada e para aqueles que precisam reaprender a andar, após períodos prolongados de imobilização ou internação hospitalar.


Modo correto de usar

  1. Altura: o apoio deve ficar na altura do punho, com o cotovelo ligeiramente flexionado (cerca de 15 a 20°).

  2. Uso:

    • Andador fixo: levante o andador, coloque-o um passo à frente, depois avance primeiro a perna mais fraca e depois a mais forte.

    • Andador com rodas: empurre suavemente o andador e caminhe dentro do espaço entre os apoios, sem deixá-lo muito à frente do corpo.

  3. Cuidado: não se apoie com o corpo muito à frente, para evitar quedas.

 

Evite usar apoios de locomoção por conta própria


Apesar dos auxiliares de marcha serem encontrados facilmente para vender, não é recomendado usá-los sem uma orientação de um profissional especializado no sistema musculoesquelético, como médicos e o fisioterapeuta.

“Como vimos, cada paciente terá uma demanda por um tipo específico de apoio de locomoção. Sendo assim, precisamos avaliar o paciente, o quadro que ele apresenta e as necessidades individuais. Somente após isso é que podemos indicar qual o apoio de marcha mais adequado. Ademais, também é crucial orientar o paciente sobre o uso correto do apoio”, finaliza Walkíria.


A Clínica Walkíria Brunetti – Fisioterapia e Pilates está localizada no Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo.

 

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Matéria produzida pela jornalista

Leda Maria Sangiorgio

MTB 30.714

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