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Espondilose pode afetar até 80% das pessoas com mais de 60 anos

A espondilose é a osteoartrose que atinge a coluna vertebral




A espondilose, também chamada de osteoartrose da coluna, é uma condição caracterizada pela degeneração progressiva das estruturas que compõem a coluna vertebral. Embora todos os segmentos da coluna podem sofrer este processo degenerativo, os mais afetados são a região lombar e cervical.


Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Saúde Postural e Dores Crônicas, a espondilose é uma condição bastante prevalente após os 60 anos. “A maioria das pessoas apresenta alterações degenerativas na coluna. O mais interessante é que apesar da alta prevalência, boa parte dos casos são assintomáticos”.


Envelhecimento é principal fator de risco


O principal fator de risco da espondilose é o processo natural do envelhecimento. “Cada vértebra da coluna se liga por meio dos discos intervertebrais. Estas estruturas são responsáveis pelos movimentos e absorvem o atrito entre as vértebras. Ao longo dos anos, ocorrem mudanças em todas estas estruturas que impactam diretamente no funcionamento dos discos”, explica Walkíria.


As alterações que ocorrem nos discos intervertebrais sobrecarregam as articulações da coluna, chamadas de facetas articulares. Estas articulações facetárias conectam as vértebras na parte de trás da coluna. Elas são essenciais, pois proporcionam estabilidade nos movimentos de rotação.


Entre outros fatores de risco estão traumas na coluna, doenças reumáticas, fatores genéticos e esportes de alto

impacto.


Espondilose causa dor e desconforto


O principal sintoma da espondilose é a dor. Vale ressaltar que a dor se concentra nas regiões da cervical e lombar, já que são as áreas com mais movimentos de rotação da coluna.


A dor pode ser mais intensa de acordo com o movimento, postura ou atividade. Ela pode ser localizada ou irradiar. A espondilose lombar pode irradiar para as nádegas e virilha. A espondilose cervical pode irradiar para ombros e cabeça.


“A instabilidade gerada pela espondilose leva o corpo a tentar estabilizar os movimentos da coluna. Esta tentativa se traduz no crescimento de ossos, chamados de osteófitos. São formações ósseas que crescem nas bordas das articulações, na frente ou para o lado do disco intervertebral”, comenta Walkíria.


Em exames de imagem, estas formações ósseas lembram um bico de papagaio, daí o nome popular dos osteófitos. “O principal problema da osteofitose é a possibilidade de compressão das estruturas nervosas da coluna. Além de piorar a dor, pode levar a uma inflamação que potencializa os sintomas”, adiciona a especialista.


Diagnóstico da espondilose é feito por exames de imagem


Na maioria dos casos a espondilose é assintomática. Por outro lado, cerca de 80% das pessoas com mais de 60 anos apresentam alterações na coluna em exames de imagem.


A espondilose, uma vez instalada, é irreversível. A boa notícia é que o tratamento nas fases iniciais é sempre conservador. Isto quer dizer que não é preciso realizar cirurgias ou procedimentos mais invasivos para melhorar os sintomas.


Fisioterapia e mudança de hábitos


Para iniciar o tratamento é importante aliviar a dor. Isto pode ser feito com medicamentos e com recursos da fisioterapia, como ultrassom, laser e aparelhos de eletroestimulação. Também podemos usar a termoterapia, com aplicação de frio e calor. Alguns pacientes também podem ter indicação de massoterapia e acupuntura.


“Quando a dor melhora, podemos iniciar um trabalho para fortalecer os músculos que sustentam a coluna. O alongamento global também é importante, bem como a correção postural. Para alcançar estes objetivos podemos usar a Reeducação Postural Global (RPG), o Pilates e treinos de força”, recomenda Walkíria.


Em relação a prevenção e mudanças de hábitos, é indicado


  • Perder peso

  • Corrigir a postura e aumentar a consciência corporal

  • Evitar atividades físicas de alto impacto

  • Manter bons níveis de cálcio e vitamina D

  • Praticar atividades físicas de forma regular, especialmente àquelas que atuam no fortalecimento, alongamento, melhora da postura e consciência corporal


“O envelhecimento é inevitável. Porém, nossos hábitos ao longo da vida, especialmente após os 40 anos, podem acelerar ou retardar problemas como a espondilose”, finaliza Walkíria.


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