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Condromalácia Patelar causa dor e demanda fortalecimento muscular

Mulheres e praticantes de corridas são as principais vítimas da condromalácia patelar





A dor no joelho é uma das queixas mais comuns na área da ortopedia e fisioterapia. E em quase metade dos casos está relacionada ao desgaste e problemas na patela, osso que compõe a articulação dos joelhos. A patela, anteriormente chamada de rótula, é responsável pelos movimentos de flexão e extensão dos joelhos.


Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas e Saúde Postural, a patela previne o atrito da musculatura do joelho com o fêmur, graças ao movimento de deslize. “Uma boa forma de entender o funcionamento da patela é colocar as mãos nos joelhos, levantar e abaixar as pernas. Neste movimento conseguimos sentir a patela deslizando para cima e para baixo”.


“Quando há desgaste na cartilagem da patela, o movimento durante a extensão e a flexão dos joelhos passa a ser lateral. Além disto, ocorre amolecimento e fragmentação da cartilagem desta articulação. A esta condição damos o nome de condromalácia patelar”, explica Walkíria.


Condromalácia patelar e fatores de risco

Há diversos fatores que podem desencadear a condromalácia patelar. O sobrepeso, por exemplo, altera o deslizamento da patela. Isto causa um atrito da cartilagem interna do fêmur com a cartilagem da patela. Ao longo do tempo ocorre um processo de degeneração da cartilagem.


Outro fator de risco é o tipo de pisada que a pessoa tem. A pisada pronada (aquela em que a parte de fora do calcanhar toca o chão) leva a uma rotação excessiva para dentro. Isto, por sua vez, altera a biomecânica dos joelhos. “A projeção do pé para dentro muda o centro de gravidade do corpo. Desta maneira, pessoas com pisadas inadequadas têm risco maior de desenvolver a condromalácia patelar”, aponta Walkíria.


Os casos de problemas na patela são mais prevalentes nas mulheres. A razão é que existe uma tendência anatômica dos joelhos femininos em se voltar para dentro (joelho valgo). Este aspecto favorece o desgaste da patela, aumentando o risco de desenvolver a condromalácia patelar. Outro grupo que é considerado de risco são os praticantes de corridas e pessoas que realizam treinos de crossfit.


Descer e subir escadas pode ser dolorido

Um dos principais sinais de que a condromalácia patelar já se instalou é o surgimento ou agravamento da dor nos joelhos ao subir ou descer escadas. Outros movimentos que podem piorar a dor são se levantar de cadeiras, sofás e se agachar para pegar objetos no chão, por exemplo.


Osteoartrose precoce e condromalácia patelar: qual a relação?

A condromalácia patelar é um importante fator de risco para o desenvolvimento da osteoartrose de forma precoce. Por isto, o diagnóstico e o tratamento são fundamentais, principalmente em pessoas mais jovens. “O tratamento pode ser feito por meio da fisioterapia na fase aguda, com recursos para melhorar a dor. Depois, é fundamental fortalecer a musculatura na região dos membros inferiores e, principalmente, dos músculos estabilizadores da patela”, conta a especialista.


Walkíria lembra ainda que a correção da pisada deve ser levada em consideração na hora de planejar o tratamento. “Quando o paciente pisa errado, o processo de degeneração da cartilagem pode evoluir e piorar as dores nos joelhos. Precisamos reforçar que a cartilagem é um tecido que não se regenera. Portanto, o que foi perdido não pode ser recuperado. Mas o tratamento pode prevenir novas perdas”.


Para corrigir a pisada usamos recursos como alongamentos da fáscia plantar, frente das coxas e parte posterior do joelho. Também aplicamos exercícios de fortalecimento da musculatura que participa dos movimentos dos joelhos. Outra recomendação é a prática do Pilates para melhorar a postura”, adiciona a fisioterapeuta.


Perca peso

Além do tratamento, existem outros fatores que podem precisar da atenção. A perda de peso, por exemplo, é crucial para a melhora dos sintomas da condromalácia. Além disto, manter um peso adequado também protege os joelhos ao longo da vida.


Em relação às práticas esportivas, quem já tem condromalácia deve evitar corridas, agachamentos, aulas de step, pular corda e qualquer outro esporte que traga muito impacto para os joelhos. Por fim, as mulheres devem evitar usar saltos muito altos com frequência, pois o uso constante pode acelerar o desgaste da patela e culminar no desenvolvimento da condromalácia patelar”, finaliza Walkíria.



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