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Sintomas da tenossinovite de punho – O que você precisa saber

 



Os sintomas da tenossinovite no punho podem incomodar bastante. Entre as manifestações dessa inflamação estão dores ao movimentar o dedo polegar e o punho, além de sensação de choque e formigamento nessas regiões.

Para falar um pouco mais sobre a tenossinovite, hoje vamos entrevistar a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas, Saúde Postural e Pilates.

 

Tenossinovite atinge principalmente as mãos e punhos

 

A tenossinovite De Quervain se caracteriza pela inflamação, irritação e aumento do volume dos tendões do punho e dedo polegar. Essa inflação aumenta a bainha sinovial, estrutura que reveste o tendão, cuja principal função é reduzir o seu atrito com os músculos, ligamentos e ossos.

 

Os tendões conectam os músculos aos ossos, sendo essenciais para movimentos como dobrar as mãos, punhos, joelhos etc. Todas as articulações do corpo humano dependem dos tendões para funcionar.

 

“Na tenossinovite, o espessamento da bainha leva a constrição do tendão durante seu deslizamento. Isso, por sua vez, pode causar um fenômeno de "disparo", em que o tendão parece travar ou "grudar", quando o paciente movimenta o polegar”, explica Walkíria.

 

Você sabia?

 

A tenossinovite De Quervain leva esse nome em homenagem ao cirurgião suíço Fritz de Quervain, que descreveu a doença pela primeira vez, em 1895. O médico descreveu como “entorse das lavadeiras”, em função dos movimentos repetitivos das mulheres ao torcer as roupas durante o processo de lavagem, já que naquela época não existiam máquinas de lavar.  

 

Causas e fatores de risco

 

Geralmente, o desencadeamento da tenossinovite tem relação com processos que sobrecarregam os tendões, como movimentos repetitivos, por exemplo. “Contudo, nem sempre é possível identificar a causa e, nesses casos, a tenossinovite é classificada como idiopática. A outra forma é a estenosante, que resulta do estreitamento do diâmetro entre o tendão e a bainha sinovial, impedindo o deslizamento normal do tendão”, aponta Walkíria.

 

Outro importante fator de risco para desenvolver a tenossinovite é a presença de doenças reumatológicas, como a artrite reumatoide, gota e artrite psoriática. Segundo alguns estudos, 55% dos pacientes com artrite apresentam sintomas da tenossinovite. Além disso, 87% dos pacientes com condições reumatológicas apresentam sinais de tenossinovite em exames de imagem.

 

“A tenossinovite pode acometer pessoas que trabalham em computadores, devido à sobrecarga na digitação. Mas, podemos perceber que o uso de celulares também pode contribuir para o desenvolvimento da inflamação. Por outro lado, como já dissemos, há casos em que não é possível identificar a causa”, afirma a especialista.

 

Mulheres em risco

 

A tenossinovite de Quervain é bastante prevalente em mulheres, especialmente durante a amamentação e no pós-parto. Um estudo estimou a prevalência condição em 0,5% em homens e 1,3% em mulheres, com pico de prevalência entre os 40 e 50 anos.

 

Sintomas da tenossinovite podem ser incapacitantes

 

Os sintomas da tenossinovite podem impedir o paciente de realizar atividades simples do dia a dia, como abrir uma porta, pentear o cabelo, fechar uma torneira etc. “Os pacientes costumam descrever a dor como pontadas, principalmente na base do polegar e no punho. Em alguns casos, quando ocorre uma compressão do nervo, podem ocorrer formigamentos e sensação de choque”, conta Walkíria.

 

Fisioterapia alivia sintomas da tenossinovite e devolve capacidade funcional

 

As mãos são membros cruciais para as mais variadas atividades do dia a dia. Por isso, os sintomas da tenossinovite podem interferir muito na rotina. Sendo assim, é importante que na presença das manifestações, a pessoa procure um médico. Normalmente, o tratamento envolve medicamentos para dor e inflamação, além de fisioterapia.

 

A fisioterapia possui recursos tanto para reduzir a dor e a inflamação, como para reabilitar o paciente. Inicialmente, podemos usar a termoterapia, eletroterapia, ultrassom, laser e acupuntura. Quando a dor melhora, iniciamos exercícios focados no fortalecimento dos músculos das mãos, dedos e punhos. O alongamento também é importante para melhorar a flexibilidade”, finaliza Walkíria.

 

Mudança de hábitos é crucial para prevenir novas crises

 

Apesar de muitos casos de tenossinovite serem idiopáticos, quando a pessoa já apresentou um episódio da condição, é importante adotar algumas medidas de prevenção. Vale lembrar que esses cuidados também atendem pessoas que nunca desenvolveram um quadro de tenossinovite.

 

  • Aposte nos recursos de voz – Hoje, a maioria dos dispositivos eletrônicos possui recursos de voz. Para poupar as mãos e punhos, sempre que possível, prefira usá-los em vez de digitar;

 

  • Alongue-se – O alongamento deve fazer parte da rotina diária de todas as pessoas. Todo o corpo merece ser alongado, mas muitas vezes as mãos e os punhos ficam de fora dos alongamentos. Portanto, capriche nessas regiões na hora de se alongar.


  • Invista no fortalecimento: Além do alongamento, é preciso fortalecer os músculos das mãos e punhos. Para isso, usa aquelas bolinhas antiestresse. Outro recurso acessível é o elástico de cabelo. Você pode colocar o elástico no dedo polegar e no dedo anelar ou médio, realizando movimentos de abrir e fechar.

 

 Onde tratar os sintomas da tenossinovite

 

 A Clínica Walkíria Brunetti oferece o Pilates Studio, além de Fisioterapia, Acupuntura, RPG, entre outros tratamentos.

 Estamos localizados no Campo Belo, zona sul da cidade de São Paulo.


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Matéria produzida pela jornalista

Leda Maria Sangiorgio

MTB 30.714

É expressamente proibida a cópia parcial ou total do material, sob pena da Lei de Direitos Autorais, número 10.695.  

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