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O que é condromalácia patelar? Sinais e Sintomas





A condromalácia patelar, também chamada de dor fêmur-patelar, se caracteriza pelo amolecimento seguido da fragmentação da cartilagem articular dos joelhos. Normalmente, a condição é resultado de alterações no mecanismo de extensão dos joelhos.

 

Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialista em Dores Crônicas e Saúde Postural, a patela, anteriormente chamada de rótula, tem duas funções importantes: a flexão e, principalmente, a extensão dos joelhos.

 

“Para além destas funções, a patela impede o atrito da musculatura do joelho com o fêmur no movimento do escorregamento. Para ilustrar este movimento, basta colocar a mão no joelho e dobrar. Ao fazer isto, é possível sentir a patela indo e voltando. Quando a pessoa desenvolve a condromalácia, a patela começa a deslizar lateralmente em vez de deslizar para cima e para baixo”, explica a especialista.

 

De acordo com a Sociedade Americana de Ortopedia, cerca de 40% dos problemas de joelhos correspondem ao desgaste da cartilagem patelar

 

Obesidade é um dos principais fatores de risco da condromalácia patelar


Há vários fatores de risco como processo natural do envelhecimento, ser mulher, praticar corridas e esportes de alto impacto. Porém, hoje um dos fatores que mais preocupam os especialistas é a obesidade.

 

Para se ter uma ideia, cada quilo extra na balança representa uma sobrecarga de oito quilos para os joelhos! Vários estudos ao longo dos anos mostraram que a obesidade é uma das causas mais comuns de diminuição da vida útil dos joelhos.

 

“O sobrepeso pode alterar o deslizamento da patela e causar atrito da cartilagem patelar com a cartilagem interna do fêmur. Isto prejudica a biomecânica do joelho e, com o tempo, pode levar ao processo de degradação da articulação”, explica Walkíria.

 

Dor no joelho ao descer escadas é um sintoma típico da condromalácia patelar

 

“Um dos movimentos mais doloridos em pessoas com condromalácia patelar é descer escadas. A dor também pode surgir ao subir escadas, sentar-se ou levantar-se de cadeiras ou sofás e abaixar para pegar objetos no chão ou ainda fazer agachamentos durante treinos de força”, comenta a fisioterapeuta.

 

Como é o tratamento da condromalácia patelar

 

A condromalácia patelar aumenta o risco de desenvolver, prematuramente, a osteoartrose. Por isto, a partir do diagnóstico, é preciso iniciar o tratamento.

 

Felizmente, o tratamento da condromalácia patelar é conservador, ou seja, não é preciso passar por cirurgias ou procedimentos invasivos. Por outro lado, como se trata de uma lesão na cartilagem, não é possível reverter os danos.

 

“Um dos objetivos mais importantes do tratamento da condromalácia é o fortalecimento dos músculos que estabilizam a patela. Outro aspecto é analisar a pisada do paciente e, caso necessário, corrigi-la. Em muitos casos, a sobrecarga na articulação está associada à forma que a pessoa apoia os pés durante a marcha”, reforça Walkíria.

 

“A correção da pisada engloba o alongamento da fáscia plantar, da parte da frente das coxas e da parte posterior do joelho. Os exercícios de fortalecimento de toda a musculatura que participa dos movimentos do joelho são cruciais para quem tem condromalácia”, finaliza a fisioterapeuta.

 

Prevenção

 

Os fatores de risco modificáveis da condromalácia patelar são:

 

  • Manter um peso adequado ao longo da vida

  • Realizar treinos de força focados nos músculos que participam dos movimentos dos joelhos

  • O fortalecimento da musculatura é ainda mais importante para praticantes de esportes de alto impacto, como corridas, treinos de crossfit etc.

  • As mulheres devem evitar o uso de saltos muito altos, deixando estes calçados para ocasiões especiais. No dia a dia, o ideal é usar sapatos com saltos de 3 a 4 cm

 

 

 

 

 

 

 

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