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Jumper é bom recurso para desenvolvimento dos bebês





O jumper pode ser um bom recurso para o desenvolvimento dos bebês. Há vários modelos de jumper que são comercializados. Todos permitem que o bebê pule ou se balance, sendo que alguns são presos ao batente de portas e outros possuem estrutura própria. Além disto, alguns jumpers têm recursos de luzes, cores e sons.


Mas, apesar dos aparentes benefícios do brinquedo, há também riscos. Segundo a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, que atua há mais de 30 anos na área de fisioterapia neurofuncional para bebês e crianças, a primeira regra é o jumper só é indicado para bebês que já têm o controle do tronco e da cabeça. Outra observação é o brinquedo não deve ser usado por bebês que já aprenderam a andar”.


Fase certa, tempo controlado


O melhor momento para usar o jumper é por volta dos 7 a 8 meses, quando a criança já consegue ficar em pé apoiada em móveis e outras superfícies. Além da fase mais adequada, é preciso considerar o tempo de uso e o peso que o brinquedo suporta.


“A recomendação é deixar o bebê brincar no jumper no máximo por meia hora, por dia. Quando o bebê goste muito de usar o brinquedo, os pais podem dividir a brincadeira em períodos mais curtos, como durante a manhã e tarde. O uso do jumper por tempo prolongado sobrecarrega a musculatura da coluna, pernas e quadris”, alerta Walkíria.


Benefícios do jumper


Nos últimos anos, a indústria de produtos infantis desenvolveu muitos recursos que estimulam o desenvolvimento neuropsicomotor das crianças. “O jumper é uma destas inovações. Do ponto de vista dos benefícios, o brinquedo ajuda a fortalecer a musculatura das pernas. Durante o uso, o bebê também é estimulado a colocar o pé em contato com o chão. Estes aspectos ajudam na aquisição da marcha”, comenta a especialista.


Para além da marcha, alguns modelos que possuem outros recursos, como sons, cores e luzes também contribuem para o desenvolvimento da coordenação motora, linguagem, visão e equilíbrio.


Cuidados na escolha do modelo


Na hora de comprar o jumper, os pais precisam ficar atentos se o produto é aprovado pelas autoridades brasileiras, com o Inmetro. Outro ponto de atenção é que o jumper que fica preso ao batente da porta aumenta o risco de acidentes, como a queda do bebê durante os impulsos, por exemplo.


“Já os modelos que possuem estrutura própria precisam ter uma base firme e estável, que suporte os movimentos mais bruscos do bebê, sem tombar. Por fim, os pais devem verificar se o brinquedo possui peças menores que se soltam, para prevenir que o bebê as coloque na boca”, reforça Walkíria.

Jumper é usado no tratamento de bebês com hipotonia


O que poucas pessoas sabem é que o jumper é usado com um recurso terapêutico há bastante tempo. Dentro da fisioterapia neurofuncional usamos o jumper para tratar a hipotonia, entre outras condições que afetam a musculatura. A hipotonia é uma condição que se caracteriza por um tônus muscular enfraquecido.


“O tônus muscular é um estado involuntário de contração natural do músculo. Ele é responsável por fazer com que os músculos entrem em ação sempre que necessário. A hipotonia deixa os músculos mais relaxados e isto dificulta os movimentos imediatos. Desta forma, o jumper ajuda a melhorar o tônus muscular de bebês que apresentam esta condição”, conta Walkíria.


Nestes casos, além das sessões de fisioterapia, os pais podem usar o jumper para otimizar o tratamento em casa.


Tudo a seu tempo


Mesmo que tenhamos hoje uma infinidade de produtos voltados para estimular o desenvolvimento infantil, é preciso respeitar o tempo e o processo. “Em outras palavras, a aquisição da marcha não deve ser forçada e os pais precisam conhecer quais as etapas que o bebê precisa passar até começar a andar”, diz a especialista.


Até a aquisição da marcha, o bebê vai precisar controlar a cabeça, o tronco, aprender a rolar, sentar-se, engatinhar e, finalmente, andar. Quando o bebê consegue ficar em pé começa a se apoiar nas superfícies. A partir deste momento, o jumper deve ser aposentado. Deste momento em diante, o bebê precisa de um espaço seguro para aprender a andar sem o apoio”, finaliza Walkíria.


Veja algumas dicas para o usar o jumper de forma segura


  • Siga as instruções do fabricante, principalmente quanto ao uso dos itens de segurança

  • O bebê precisa tocar o chão com os pés durante os saltos

  • Não coloque o bebê no jumper depois das refeições

  • Procure controlar o tempo de uso, que não deve ultrapassar 30 minutos

  • Não coloque bebês que ainda não controlam o tronco e a cabeça

  • Respeite a recomendação da idade

  • Quando o bebê já se apoia nas superfícies para andar, é hora de aposentar o jumper

  • Verifique se o brinquedo suporta o peso do bebê para prevenir acidentes

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