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Meu bebê não anda! E agora?




Uma das frases mais comuns quando o assunto é desenvolvimento infantil é que cada criança tem o seu tempo. Isso se refere à idade em que os bebês atingem os marcos do desenvolvimento, como se sentar, engatinhar, falar e andar, por exemplo.


De acordo com a fisioterapeuta Walkíria Brunetti, especialmente eu fisioterapia neurológica, o desenvolvimento motor, assim com os outros, segue uma sequência. Uma habilidade depende da outra para ocorrer. “Quando os pais questionam o porquê o bebê ainda não anda, devemos ser cautelosos quanto à resposta. Isso porque, realmente cada criança tem seu tempo e existem idades determinadas para cada aquisição”, comenta.


Processo sequencial


“Para andar, é preciso que o bebê tenha passado por todas as outras fases, desde controlar a cabeça por volta dos 3 meses, se sentar sem apoio aos 8 meses e engatinhar aos 9 meses. Em geral, espera-se que até os 18 meses a criança caminhe sozinha, sem apoio”, explica Walkíria.


Portanto, caso a criança tenha 18 meses ou mais, e não esteja caminhando, é preciso procurar um especialista em neurologia infantil para uma avaliação.


Estímulo é fundamental


Normalmente, os marcos do desenvolvimento são determinados pela genética. Porém, fatores sociais e ambientais tem impacto direto no processo.


“Há enormes diferenças entre as crianças. Algumas andam mais tarde e falam mais cedo e vice-versa. O fato é que o desenvolvimento infantil é um processo individual e depende, essencialmente, dos estímulos oferecidos à criança pelo ambiente”, comenta Walkíria.


Por que meu filho não anda?


A expectativa é que o bebê caminhe aos 18 meses, sem ajuda ou apoio. Contudo, caso isso não ocorra, esse déficit é considerado um atraso no desenvolvimento. Trata-se de uma defasagem entre a idade cronológica da criança e a idade correspondente às aquisições esperadas.


“As causas desses atrasos podem ser variadas. Quando a criança não apresenta nenhuma condição neurológica ou física que explique o déficit, podemos pensar nos fatores ambientais, como falta de estímulo dos cuidadores, por exemplo”, explica Walkíria.


É muito comum que os pais fiquem ansiosos ou com medo da criança se machucar quando ela está aprendendo a andar. “O bebê vai cair muitas vezes no processo até que consiga caminhar. Todavia, é importante não demonstrar para a criança essa insegurança. Joelhos ralados e tombos fazem parte desse processo”, aponta a especialista.


Obviamente, é possível prevenir que a criança se machuque ou se acidente quando está aprendendo a andar. “Nessa fase, o ideal é colocar tapetes emborrachados pela casa e tomar cuidado com as quinas de móveis, além de cadeiras ou outros móveis que podem tombar caso a criança se ampare neles”, orienta Walkíria.


Nunca use andador


Uma recomendação importantíssima é jamais usar o andador. Esse equipamento foi proibido pela Sociedade Brasileira de Pediatria e por outras entidades médicas internacionais.


“É um equipamento que oferece riscos de acidentes que podem ser fatais. Além disso, inibe o processo natural da aquisição dos movimentos motores necessários para que a criança aprenda a andar”, alerta Walkíria.


Veja abaixo o que os pais podem fazer para estimular o processo da aquisição da marcha.


  • Pequeno explorador: O bebê precisa explorar e experimentar com os pés e com as mãos o ambiente ao seu redor. Coloque-o no chão e deixo-o livre para buscar os caminhos e as rotas que ele quiser. Sempre esteja por perto para evitar acidentes.


  • Vem com a mamãe: Distancie-se um pouco da criança e a chame. Se puder, tenha em mãos algum objeto chamativo para atrair o bebê. Se for preciso, ajude-o a ficar de pé com apoio em um móvel, como o sofá.


  • Mão com mão: Você pode caminhar junto com o bebê. Primeiro, fique de frente para ele e ofereça as duas mãos. Quando se sentir segura, pode andar lado a lado apenas com uma das mãos dadas ao bebê.


  • Mantenha a calma: Caso seu bebê caia, não faça muito drama. Dê os primeiros socorros se não for nada grave. Caso contrário, levante-o e continue a brincadeira. Contudo, se o tombo envolveu algum trauma na região da cabeça ou foi mais grave, leve-o ao pronto-socorro.


  • Pé no chão: Nada melhor que andar descalço para aprender a andar. O bebê precisa sentir o chão para se sentir mais seguro. As meias antiderrapantes podem ser uma boa ideia também.


  • Segurança: O bebê precisa de um espaço seguro para aprender a andar. Nessa fase, se possível, afaste os móveis mais perigosos, dê mais espaço para que o bebê possa explorar o ambiente. Tapetes emborrachados são ótimos, bem como proteção de quina de móveis. Atenção aos objetos pequenos, que quebram, que cortam e tomadas. Lembre-se de que a cozinha deve ser um espaço, se possível, proibido para o bebê nessa fase.


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