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Fascite plantar é a causa mais comum de dor no calcanhar


Você já sentiu dor no seu calcanhar, especialmente ao se levantar pela manhã? Isso pode ser um sintoma da fascite plantar, um dos problemas ortopédicos mais recorrentes. Estima-se que afeta 1 em cada 10 pessoas ao longo da vida, costuma aparecer entre os 40 e 70 anos e pode atingir homens e mulheres.

Segundo a fisioterapeuta, Walkiria Brunetti, a anatomia da fáscia plantar é pouco flexível. É um tecido que se estende do osso do calcanhar por toda a planta do pé. “Durante a fase de apoio da marcha (aquela em que damos o impulso para andar), a planta do pé é comprimida e uma força de tração é gerada. A cada passo que damos, a fáscia é submetida a repetitivas forças de tração. Dependendo da intensidade e da frequência, isso pode levar a degeneração progressiva do tecido, gerando micro traumas que irão resultar assim na inflamação e na dor crônica”.

“As dores são mais fortes pela manhã, quando depois de um longo repouso, a pessoa precisa dar os primeiros passos. Ao longo do dia costuma melhorar um pouco, mas sempre que a pessoa permanecer em repouso, ao se levantar sentirá dor. Pode haver inchaço e aumento da temperatura na região também”.

Sapatos inadequados elevam o risco

Walkiria explica que o salto alto é um dos principais causadores da fascite plantar. “Quanto mais alto o salto, maior o risco. Isso porque ele causa o encurtamento da fáscia. Mas, engana-se quem se sentiu aliviada por só usar sapatilhas ou rasteirinhas. Ao contrário do que se possa pensar, esses tipos de calçados não oferecem o conforto necessário para o arco plantar, portanto também podem levar à fascite”, diz a especialista.

O alerta para os calçados também vai para os homens. “Muito na moda, o sapatênis é um calçado que não acomoda o arco plantar, equivale à sapatilha feminina. Portanto, quem usa este tipo de calçado também está em risco”, comenta Walkiria.

Excesso de peso também é fator de risco Vários estudos já fizeram a associação da obesidade com a fascite. Veja alguns outros fatores associados à fascite plantar:

  • Trabalhar em pé

  • Praticar exercícios físicos intensos (corrida, saltos, vôlei, etc.)

  • Pés planos (sem arco)

  • Pés cavos (com arco alto)

  • Pessoas com diferença no comprimento das pernas

  • Distúrbios da pisada

  • Encurtamento do tendão de Aquiles

  • Esporão de Calcâneo

  • Idade

Envelhecimento e a fascite

Alguns estudos mostraram uma relação da fascite plantar com o desgaste de uma estrutura chamada coxim gorduroso, responsável por absorver o impacto do calcanhar no solo. “Com o processo natural do envelhecimento, há redução do colágeno e do líquido que dão elasticidade ao coxim. Ele diminui e assim reduz sua capacidade de proteger o calcanhar”, explica Walkiria.

Tratamento

O principal objetivo do tratamento é reduzir a dor e devolver a mobilidade. Na fase inicial e aguda do tratamento, o médico poderá prescrever medicamentos analgésicos, como também sessões de fisioterapia e exercícios para o paciente fazer em casa. A fisioterapia pode usar diversos recursos, como ultrassom, laserterapia, corrente elétrica, compressas de gelo, exercícios com rolo, entre outros.

De acordo com Walkiria, o alongamento da região do calcanhar é essencial para a melhora do quadro e deve ser feito regularmente pelo paciente, todos os dias, pelo menos três vezes, assim como compressas de gelo e exercícios para relaxamento da fáscia que podem ser realizados com rolinhos, por exemplo. Quando houver melhora do quadro agudo, são indicados exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos da panturrilha, da cadeia posterior e para estabilização do tornozelo.

Longe dos fatores de risco

Além da fisioterapia de da terapia medicamentosa, é preciso afastar-se dos fatores que podem piorar o quadro. “Os pacientes obesos ou com excesso de peso precisam reduzir o peso corporal. Durante o tratamento, também é preciso diminuir o

nível de atividade física, assim como usar sapatos adequados. Em alguns casos, pode ser indicada uma palmilha ortopédica para acomodar e dar suporte ao arco do pé, além de dar um acolchoamento para a região do calcanhar, o que irá reduzir a pressão nesta área”, conclui Walkiria.

O salto alto demais ou sapatos sem saltos devem ser abolidos ou usados esporadicamente. O ideal para as mulheres é optar por saltos de 3 a 4 cm. Os sapatos sociais masculinos ou os tênis são os mais adequados. “Ao comprar um sapato é preciso perceber se ele dá uma boa sustentação para o arco da planta do pé e, no caso do tênis, avaliar o sistema de amortecimento.

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