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Dor durante a respiração pode ser sinal de hérnia de disco torácica

Embora rara, a hérnia de disco torácica pode gerar consequências graves na medula espinhal






A hérnia de disco é uma condição que afeta a coluna vertebral, cuja prevalência em pessoas com mais de 35 anos pode variar de 2 a 5%. Os tipos mais comuns de hérnia de disco são a lombar e a cervical.


Porém, a hérnia de disco também pode se desenvolver no tórax, a parte superior do tronco localizada entre o pescoço e o abdômen. Embora a prevalência da hérnia de disco torácica seja rara, entre 1 a 3% de todos os casos da hérnia de disco, as consequências podem ser graves.


Segundo Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especializada em Saúde Postural e Dores Crônicas, os discos intervertebrais são estruturas localizadas entre as vértebras cuja principal função é amortecer o impacto de um osso no outro e assegurar a flexibilidade e mobilidade da coluna. “Podemos dizer que os discos intervertebrais são amortecedores naturais da coluna. Cada disco é formado por um núcleo composto por uma substância gelatinosa e por um anel fibroso”.


“A hérnia ocorre quando o disco perde a capacidade de se movimentar. O anel fibroso se rompe e o núcleo é projetado para fora. Isso causa uma protuberância que pode comprimir os nervos que ficam próximos. A dor é sempre resultado da compressão nervosa e não da hérnia em si”, explica Walkíria.


Sintomas da hérnia torácica podem ser inespecíficos


Os problemas que afetam a coluna torácica podem afetar a respiração. Quando há um bloqueio no movimento da coluna na região do tórax, pode ocorrer alterações no movimento da respiração. Portanto, uma hérnia nesse região pode ocasionar dor e dificuldades para respirar, principalmente na respiração profunda.


Além da dor relacionada à respiração, a hérnia de disco torácica pode causar alterações na sensibilidade da região abdominal, costas, braços e pernas. “A dor pode se iniciar no meio das costas e irradiar para as costelas. A pessoa pode apresentar outros sintomas como dormência nos membros inferiores e posteriores, alterações sensoriais, alterações intestinais e na bexiga e fraqueza nas pernas”, comenta Walkíria.


Evolução da hérnia torácica


Apesar da baixa prevalência, a hérnia de disco torácica pode evoluir para um quadro mais grave, dependendo das estruturas afetadas e dos nervos comprimidos. Quando a hérnia não foi diagnosticada e tratada, pode ocorrer uma calcificação, um endurecimento e isso aumenta o risco de consequências mais graves dificuldades para andar, perda temporária dos movimentos das pernas, perda do controle da urina e do intestino, problemas no equilíbrio e na coordenação.


Idade ainda é principal fator de risco


O envelhecimento natural afeta todo o corpo, incluindo os discos intervertebrais. Portanto, a idade é um fator de risco importante. Mas há outros como:


  • Traumas e acidentes que causem lesões nas vértebras torácicas

  • Pegar objetos muito pesados

  • Má postura

  • Cifose acentuada (corcunda)

  • Forçar o pescoço ou a parte superior do corpo a girar ou torcer além de sua capacidade;

  • Fraqueza muscular nos músculos que sustentam a coluna

  • Sedentarismo

  • Movimentos repetitivos

  • Predisposição genética


Tratamento: quais as opções

O tratamento cirúrgico é reservado para os casos mais graves, principalmente quando há calcificação da hérnia.


A fisioterapia também é um recurso valioso no tratamento de todos os tipos de hérnia de disco, tanto para aliviar a dor como para organizar a postura, fortalecer os músculos que sustentam a coluna e melhorar a amplitude de movimento.


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