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Entenda porque o ambiente influencia no desenvolvimento da fala


Imagine duas crianças da mesma idade. Uma delas tem dois irmãos mais velhos, que interagem com ela o tempo todo quando estão juntos em casa. A mãe e o pai trabalham fora, mas, de manhã, ela vai para a escola. A outra é filha única. Os pais também trabalham fora, mas ela não vai para a escola e fica na frente da televisão praticamente o dia inteiro, pois seus cuidadores interagem muito pouco com ela.

Não dá para saber como essas crianças serão na adolescência e, especialmente, na vida adulta. Mas, o que dá para saber, com certeza, é que o desenvolvimento da fala delas será muito, mas muito diferente. Pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, foram os primeiros a propor, em 2002, que a formação de sentenças é algo que se aprende, ou seja, não nascemos com essa habilidade, que depende de uma série de fatores para se desenvolver, inclusive do ambiente e das pessoas que cuidam da criança.

O ambiente tem participação fundamental no desenvolvimento da fala. Quanto mais as crianças forem estimuladas e quanto mais os pais e os adultos que interagem com elas falarem normalmente, em vez de usar ‘linguagem de bebê’, mais elas desenvolverão a capacidade de entender frases complexas e usarão essa mesma estrutura para formar as suas próprias frases.

A mesma coisa acontece com crianças expostas a cuidadores/professores altamente comunicativos e que fazem uso de linguagem mais complexa. A atenção à escolinha que se escolhe para o filho tem se tornado mais importante na medida em que os pequenos são colocados cada vez mais cedo e passam longas horas ali – senão o dia todo. É importantíssimo estar atento se a instituição oferece recursos para estimular a criança, especialmente na fase pré-escolar, entre os três e os cinco anos.

Ambientes que são estimulantes e facilitadores abrem espaço para que cada pequeno desenvolva a sua linguagem de forma natural e em seu ritmo. E o desenvolvimento da linguagem verbal é essencial para que a criança seja alfabetizada sem sofrimento e, mais tarde, para que tenha uma boa comunicação escrita.

Dicas

  • Leia histórias: A leitura de histórias antes de dormir, por exemplo, faz com que a criança vá tendo contato com diferentes sons e vocabulários, ainda que ela não consiga pronunciá-los corretamente

  • Converse sempre: Converse o máximo que puder com o seu filho, mesmo que ele ainda seja um bebê e procure pronunciar bem as palavras. Resista à tentação de usar a “linguagem de bebê”

  • Não se apresse: Perguntou alguma coisa para o pequeno e ele ainda está lutando para responder? Deixe-o tentar. Não se apresse e não complete a frase por ele.

  • Diga não aos eletrônicos: Não faltam pesquisas que mostram que o uso excessivo de tablets e celulares afetam o desenvolvimento infantil, principalmente no que diz respeito à fala. Para crianças menores de dois anos não é recomendado de maneira nenhuma. Acima dessa idade, não deve passar de uma hora por dia.

  • Cante: Cantar é uma ótima maneira de inserir novas palavras no vocabulário dos pequenos. Cante no carro, na hora do banho, etc.

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